DIÁRIO
DE VIAGEM
Sobrevivemos ao hotel! Ainda bem que
estávamos tão cansados que apagamos e nem nos importamos com a cama e
travesseiros duros (acho que eles usam rípio no colchão e travesseiro também! Hehehe!).
O café foi o mais básico possível. Também não se esperaria outra coisa, além de
dizer textualmente que não poderiam servi-lo antes das 8:30 hs, ótimo para quem
está viajando..., mas esquece!, já passou.
Camarones fica na baía de Camarones
e a partir daí poderíamos chegar a um ponto de observação de Pingüins conhecido
como Punta Tombo, a mais conhecida da região, com um deslocamento no rípio de
100 km. Este foi o nosso planejamento original quando decidimos pernoitar em
Camarones.
Entretanto, verificamos que existia mais um ponto de
observação ao sul da baía de Camarones chamado “Cabo dos Bahia”, que fica a 28
km, bem mais perto, também por estrada de rípio. Outra grande vantagem é que
esta pinguineira é bem menos conhecida e portanto, muito mais vazia. Aliás só
estávamos nós lá hoje. Nesta área tem uma pinguineira e uma loberia (onde ficam
os lobos marinhos). Optamos por conhecer Cabo dos Bahia, pois ficava mais perto
e dali poderíamos voltar pelo asfalto até a Ruta 3 e seguir viagem para a Península Valdez, nosso próximo destino, de
onde estamos escrevendo este blog agora.
Bem, para ir la andamos por uma
estrada de rípio de boa qualidade, costeando a baía. O dia estava lindo e, com
o sol, o mar verde esmeralda, batendo nas rochas.
E lá fomos nós na nossa
“Quest for the penguins”. (Não tem aquele filme, a “Marcha dos pinguins”? O
nosso deveria ser “Em busca dos pinguins”!) Ô bichinho para ir à praia longe!!!
Enfim, chegamos à pinguineira. A primeira vista, não parecia haver nada na
praia.... Mas, de repente, começamos a ver aqueles pontos brancos se
deslocando.... Eram eles! Muitos deles!
Para todo o lado! Fomos caminhando pelos
caminhos demarcados e pelas passarelas de madeira e cercadas, entre os ninhos e
para onde olhávamos, lá estavam eles. Alguns pertinho de nós, outros embaixo da
passarela.
A maioria deitada, descansando; muitos dentro dos ninhos chocando (tanto
o macho quanto a fêmea chocam os ovos). Os bebês devem nascer por agora. Eles
não estão nem aí para a gente.
Ficam andando, se limpando, de vez em quando um
estica o “pescoço”, bate as “asinhas” e faz um ruído estranho, como que
chamando a companheira.
As penas vistas de perto não parecem penas, nem macias,
têm um aspecto áspero, parecem até escamas.
Vimos alguns feridos, provavelmente
da longa travessia pelo mar, e até alguns mortos. Eles ficam lá deitados, de
vez em quando andam até o mar... E assim vão levando. Os filhotes nascem em
novembro e só lá para fevereiro estarão independentes dos pais. Em abril eles
vão embora.
Saímos de lá e pegamos a estrada,
RN-3, a caminho da Península Valdez. Mais uma vez, uma estrada deserta, no meio
do nada.... Um visual muito monótono e sem graça.
Cruzamos duas cidades maiores
– Trelew, mas só passamos ao largo e não vimos muita coisa, e Puerto Madryn,
que fica a beira do mar, e assim como Comodoro Rivadavia, parece uma enorme
pedreira, cercada de dunas. Por todo lado, dunas de areia amarelada, uma poeira
no ar – tudo está empoeirado, ainda mais com esse vento que tem por aqui.
Por fim, chegamos à Península
Valdez.
Logo na entrada há um Centro de Visitantes que fornecem todas as
informações e dão mapas com as diversas atrações. Há também um mini-museu, com
explicações sobre a fauna, flora, geologia etc... Para se entrar na Península
há uma taxa diária de 100 pesos – nós vamos ficar aqui 2 dias, mas como
estávamos hospedados em Puerto Pirâmides, dentro da Península, só nos cobraram
uma entrada de cada um para todos os dias.
Logo ao lado está o acesso à Ilha
dos Pajaros (5 km) – uma pequena ilha bem perto da praia onde ficam milhares de
pássaros. Só se olha de longe, com
binóculo e luneta. Mas são muitos pássaros sobrevoando a ilha.
Chegamos a Puerto Pirâmides onde ficaremos por 2 dias e faremos os passeios para ver baleias, elefantes marinhos, lobos marinhos, e mais pinguins.
Chegamos a Puerto Pirâmides onde ficaremos por 2 dias e faremos os passeios para ver baleias, elefantes marinhos, lobos marinhos, e mais pinguins.
O vilarejo é bem pequenino,
encravado entre dunas, pertinho da praia. Tem um pequeno comércio com lojinhas,
restaurantes e companhias que fazem passeios para ver baleias e também de
mergulho. E alguns hotéis espalhados. Depois de ontem, estávamos até com medo
do que nos esperava por aqui, mas para nossa surpresa o hotel é bem bom (para a
localidade, é excelente!) – Del Nomade Pousada Ecológica.
Finalmente, os pinguins apareceram!
ResponderExcluirContinuo torcendo, agora, para verem muuuiiitaas baleias!
Esqueci...
ResponderExcluirBjos
Viviane e Dailson
Burnier e Jussara, Mackrodt e Angela,
ResponderExcluirDe volta e no sossego do lar gostaríamos de agradecer os momentos agradáveis de nossa convivência na Patagônia argentina e chilena. Juntos admiramos paisagens maravilhosas! Mergulhamos na imensidão da estepe patagônica, uma natureza exuberante, pouco conhecida, todavia inesquecível aos nossos olhos atentos e curiosos. Passamos por muitas estradas de rípio. Frio, vento forte, árvores caídas, glaciares azuis, montanhas ponteagudas da cor do berilo, em Torres del Paine, como disse Charles Darwin.
Pinguins, lobos marinhos, fragatas, pelicanos, raposas, guanacos aos montes e lebres saltitantes pelo caminho. Tudo muito diferente!
Juntos, celebramos a nossa amizade, tomamos bons vinhos, até fumamos um charuto amigo, Nessa o Mac pediu deslogue! “Fizemos provecho” de uma boa centolla, cordeiro patagônico, chorizo argentino, empanadas, poucas e boas cervejas. A conversa nos uniu e juntos lembramo-nos dos bons tempos e de nossas experiências. Demos boas risadas!
E com isso, o Mac fez bons ensaios para a autobiografia que vai escrever...
Por isso tudo agradecemos o convite e esperamos poder participar de outras viagens como essa!
Abraços e boa viagem!!!
Dailson e Viviane