DIÁRIO
DE VIAGEM
Nosso percurso de hoje foi curto –
apenas 214 km, chegando a El Calafate as 10:15 hs. A viagem foi tranquila,
sempre margeando um lago – saímos do lago Viedma para o lago Argentino. Um
visual muito bonito, com lagos, montanhas nevadas e fazendas ao redor. A
estrada estava vazia – cruzamos com muito poucos carros.
Na chegada a El Calafate, deixamos
as malas no nosso hotel – Terrazas de Calafate, que é bom, mas localizado fora
do centro da cidade, o que complica um pouco para quem não está de carro. Lá
encontramos nossos amigos, Dailson e Viviane que nos esperavam. Nosso destino
em seguida era o Glacial Perito Moreno.
El Calafate, cujo nome é de uma
frutinha abundante na região, é a porta de entrada para o Parque Nacional dos
Glaciares. Além do Perito Moreno, o mais famoso e mais acessível, tem outros
que são mais longes e para ve-los precisa de um longo passeio de barco.
No topo da cordilheira aqui ao lado
existe uma enorme geleira de milhões de anos, segundo eles, da época glacial.
Essa geleira avança por brechas nas montanhas em direção aos lagos e ali forma
paredes enormes de gelo, que eventualmente desprende pedaços enormes que caem
no lago e flutuam.
O lago Argentino é enorme e tem dois
braços - o Norte e o Sul. O Glacial Perito Moreno faz a divisa entre esses dois
braços e quando avança muito ele bloqueia o canal El Rico que liga os dois
lados. Com o tempo, o nível da água de um braço aumenta e a água começa a
forçar o bloqueio, formando um túnel que eventualmente se rompe - um fenômeno
chamado de “ruptura”. Os blocos de gelo ao se desprenderem da massa maior fazem
um estrondo que ecoa pelo vale.
No braço Norte encontram-se os
Glaciais Upsala, Spegazzini e o Perito Moreno, os quais visitaremos amanhã, em
um novo passeio de barco, este de 1 dia de duração.
O ponto de acesso se dá dentro do
Parque e fica a 76 km da cidade. A entrada no parque é paga – 70 Pesos por dia,
por adulto (para quem é do Mercosul; o preço normal é 100 Pesos).
De vez em quando caia um pouco de gelo... a água embaixo congelada. O restante do lago de uma cor esverdeada, opaca, típica de degelo, com vários “icebergs” boiando. Depois fizemos um passeio de barco, pelo qual se paga 90 pesos, que navega o braço Sul do lago e chega bem perto da parede. Ali, fica meio parado e pudemos bater muitas fotos e filmar. Cada vez mais a gente vê como somos pequenos.... como a natureza é rica em diversidade e em contrastes. E como tudo se encaixa de modo perfeito e harmônico, nessa obra divina. (Se minha falecida avó estivesse aqui, diria “Louvado seja Deus”).
No conjunto de acesso às passarelas, há um estacionamento onde se deixa o carro e se pega um transfer
para o ponto de início. Ao lado há um restaurante. No ponto de início das
passarelas há uma lanchonete, loja de souvenir e banheiro. Tudo caro, mas bem
organizado.
Na volta do glacial demos uma volta pela cidade – ao lado do
lago foi construída uma rua, da qual se visualiza o lago. Nas bordas do lago,
reúnem-se patos e flamingos - milhares deles – só que ficam bem longe, só dá
para ver bem com binóculo. A cidade é muito simpática e organizada. Tem uma rua
principal com restaurantes, lojas, bancos, supermercado, etc... muito
engrenada.
Agora a tardinha chegou mais um casal amigo que veio se
juntar a nós – Ângela e Mackrodt. Agora somos um grupo de seis percorrendo essa
área até Ushuaia.
Decidimos jantar em um restaurante de pescados – Los Amigos,
mas não foi uma boa pedida. A comida era boa, o preço honesto, mas o serviço
era horrível.
Que fotos lindas!!
ResponderExcluirQue lugar magnífico!!!
De fato, "Deus seja louvado".
Tio Burnier e Tia Jussara, parabéns pela iniciativa!
Estou adorando acompanhar a viagem.
Pai e mãe, muitas saudades!!
Beijos em todos e continuem nos mantendo atualizados.
Rê