DIÁRIO
DE VIAGEM
Hoje, iniciamos a segunda metade de
nossa viagem. Já andamos 8.500 km. Nosso destino, o FIM DO MUNDO. A jornada
não seria muito longa, mas incluía uma travessia no estreito de Magalhães em Punta
Delgada. Há uma travessia a partir de Punta Arenas para Porvenir, que tem um
caminho muito mais curto, mas a travessia é mais demorada – 2:30 h – e com
frequência é cancelada devido ao vento excessivo, além de ter poucos horários
ao dia. Optamos por Punta Delgada, que tem vários horários e dura apenas 20
minutos.
O dia amanheceu frio, chuvoso e com
muito vento. A primeira travessia de barco era as 10 h – chegamos antes disso,
mas eles atrasaram. Por fim saímos e logo chegamos ao outro lado. A balsa é
muito simples, não tem lugar fora do carro. Pagamos 13.900 pesos chilenos pelo
carro, independente do número de passageiros. Seguimos adiante por uma estrada
de rípio, por uma área inóspita a não ser por milhares de carneiros e alguns
guanacos. Atravessamos a fronteira em San Sebastian – fizemos alfandega e
aduana de ambos os lados. Os argentinos, como sempre, antipáticos.
A propósito, observamos que por
todos os lugares, com raras exceções, os argentinos são estúpidos, e nada
prestativos. Tratam-nos mal, como se nos fizessem um favor. No Chile, ao
contrário, as pessoas são bem mais amáveis e simpáticas.
Já perto de Ushuaia passamos pelo
Lago Fagnano (ou lago Khami, que quer dizer grande na língua indígena) e pelo
lago Escondido, mais bonito ainda. Há um local de observação onde paramos para
fotos e onde havia uns cartazes falando sobre essa área – antigamente a Ilha
Grande da Terra do Fogo era contígua com o continente, mas como está sobre as
placas tectônicas sul-americana e Scotia, separou-se há milhões de anos. O lago
vai do lado argentino até o lado chileno. Em torno do lago já é possível ver as
montanhas finais da Cordilheira dos Andes que chegam até o lado de Ushuaia.
Por fim, chegamos ao “Fim do Mundo”.
Aqui vamos ficar uns 4 dias. Vamos fazer um passeio de barco pelo canal de
Beagle e ir até uma pinguineira. Por falar em Pinguim, temos um novo passageiro
no carro – o Leopoldo – que vai nos acompanhar já que agora em Ushuaia nossos
amigos nos abandonam e voltam ao Brasil.
Nosso hotel é o “Rosa dos Ventos”,
um hotel simples, porém aconchegante, perto do centro, com uma boa vista do
porto. Como a cidade é montanha acima, o hotel tem vários andares, inclusive um
para baixo.
Saímos para jantar no Placeres Patagônicos, que oferecia comida local de vários tipos – carnes, peixe etc.,
mas não curtimos muito – o goulash de carneiro ficou berrando a noite toda.
Amanhã,
passeio de barco no Canal de Beagle – espero que o tempo ajude!
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