segunda-feira, 29 de outubro de 2012

8º DIA 29 OUT: SAN MARTIN DE LOS ANDES E ARREDORES


DIÁRIO DE VIAGEM


            Mais um dia de integração com a natureza. Hoje ficamos o dia conhecendo San Martin de Los Andes e os arredores. Ontem ao chegar havíamos ido ao escritório de turismo e nos indicaram o que fazer por aqui. Alguns passeios eram bem longos como, por exemplo, passear pelo lago Huechulafquen (aliás, tudo aqui tem esse “Hue” no começo ou no fim – já me disseram o que era, mas esqueci – vou pesquisar) e ir até o vulcão Lanin – 200 km de ida e volta. Também havia o passeio dos 7 lagos – uma via que vai de San Martin até Vila Angostura, pertinho de Bariloche passando por vários lagos e vilas nas montanhas, por dentro do parque Lanin. Porém esse caminho será o que faremos amanhã no deslocamento para o Sul (cidade de Esquel). Portanto, optamos por alguma coisa mais perto.


 

            O primeiro passeio foi até o Lago Lolog, que fica a 15 km daqui. Chegamos até a beira do lago, que tem água muito clara, o chão de cascalho, e quase nada de aves aquáticas – só vimos um casal de patos. Ficamos ali parados apreciando a beleza do visual e o silêncio da natureza. Batemos fotos e fomos adiante.
Saímos da Ruta 62 e passamos para a Ruta 48, que dá acesso ao lago Lácar até o rio Hua Hum, mas não fomos até o final porque era longe. Tomamos um desvio para chegar ao Mirante Bandurrias, no meio da montanha, que tem uma bela vista do lago e da cidade. Para isso, entramos em território Mapuche, que são os índios locais que moram no parque e adquiriram o direito de explorar algumas atividades. Para estacionar o carro no “quintal” de uma casa, poder usar um “banheiro” que não era mais do que uma casinha com uma porta que não fechava e que não era limpo há algum tempo, tivemos que pagar 15 pesos. Já ficamos irritados com os Mapuches, parecem até os nossos índios!


Fizemos uma pequena trilha (1.100 mts) e ficamos lá olhando o lago e as montanhas. Que coisa linda... dá vontade de sair voando sobre a montanha até o lago... mas como pássaro, não de avião. Na volta observamos o bosque ao lado da estrada – são árvores enormes, pinheiros, cedros, lengas, carvalhos e outras mais. Até tem uma trilha pelo meio, mas é de subida e descida...(forte para a cavalaria...).
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            Dali viemos para a cidade almoçar. Muitos restaurantes fechados. Achamos que o povo aqui não gosta muito de trabalhar nem de ganhar dinheiro. Está fora de temporada e não há muitos turistas na cidade. Mesmo assim, os poucos que estão aqui sofrem com os horários. O jantar só é servido a partir das 20:00 h – para quem tem que acordar cedo e pegar estrada é meio tarde. Durante à tarde as lojas fecham e só reabrem às 17 horas – isso é o que dizem, pois chegamos a uma loja as 17:30 e ainda não estava aberta!!!
            Depois do almoço fomos ver o outro lado do lago onde havia uma “praia” e um camping – Praia Catritre. Andamos uns 6 km numa estrada de rípio e ao chegar lá.... novo território Mapuche – para chegar perto do lago e ficar lá uns 15 minutos tirando foto – mais 10 pesos... a essa altura já estávamos odiando os Mapuche!!!! E o local nem era bem cuidado. Várias churrasqueiras, bancos de madeira, algumas pessoas lanchando. Bom, aí desistimos de ir ao próximo ponto que era outra praia – Quila Quina, que também era controlada pelos ... quem??? – sim, os Mapuche.
            Daí fomos andar um pouco pelas lojas, comprar souvenires, buscar roupa na lavanderia, carregar o chip do celular etc... e arranjamos um restaurante que servia jantar cedo. Jantamos muito bem no restaurante “El Regional”. A comida excelente, o atendimento idem, o preço um pouco acima dos que tínhamos visto, mas valia a pena. Até o cafezinho era gostoso (aqui tem cada café terrível!!!). Eles vendem uma porção de marcas de cerveja diferentes, inclusive uma local, Patagônia, que é muito boa, mas é cara!!! No final, surpresa, como jantamos antes da 20:30, tinha um desconto de 15%.

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            Como já falei, a cidade é muito agradável, muito arborizada, limpa. Os jardins bem cuidados e floridos. Nas ruas, árvores grandes de vários tons de verde entremeadas com uma árvore de folhas vermelhas que fica muito bonito. Tem um bom comércio (quando funciona, he he he) e bons restaurantes.


            Bom, não tinha falado ainda do nosso hotel – “La Raclette”, uma hosteria muito charmosa, que fica numa rua transversal da principal, perto de tudo, mas afastada da confusão. O quarto é de tamanho razoável, a cama macia, lençóis e toalhas macios, o chão do banheiro aquecido. A única coisa estranha é que o chuveiro fica dentro de uma banheira com hidromassagem, pequenininha, que fica enfiada por baixo da escada do hotel, é bem estreito e só metade fora da escada tem a altura normal. Então a gente fica dando cabeçada no teto a qualquer movimento. O café não tem muitas frutas nem queijo/presunto (aliás, como todos os hotéis da Argentina que já nos hospedamos). Tem café com leite, “media-lunas” e torradas, geleia, iogurte e cereal. De fruta, só maçã e banana.
            Bueno, mañana, vamos a Esquel! Buenas noches!!!

7 comentários:

  1. Pô! Nenhuma fotozinha? Tão lindo... também queríamos ver.
    Índio é tudo igual desde dos EEUU até aí e os Mapuches têm sérios problemas com os brancos - invasores! - tanto na Argentina como no Chile. Boa viagem.
    Mac

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  2. Mackrodt, a internet wifi do hotel em San Martin não permitiu que mantivéssemos o padrão de qualidade do Blog, então só conseguir postar as fotos agora a pouco, aqui de Esquel - Chubut. Dê uma olhada agora!

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  3. Beleza! Pelo visto realmente valeu a pena tão longa viagem pelos desertos. Abraços. Mac

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  4. Jussara e Burnier, que lugar incrível!! fotos belíssimas. Eu estou curtindo essa viagem por aqui, imaginem vocês! aproveitem...e registrando: adorei a idéia do blog
    Beijão Rosinha.

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  5. Acho que os Mapuches não agradaram mesmo...nenhuma foto deles. Kkk...então...continuem nesta bela aventura e comam mesmo bastante medias-lunas que realmente é muito gostoso. Divirtam-se!!!
    Abraços
    Déborah

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  6. Excelente passeio! Pode cortar as fotos do Gilberto ! Estragam o visual! Buena viajem!

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