sábado, 27 de outubro de 2012

5º DIA 26 OUT: URUGUAIANA – GENERAL VILLEGAS (933 km – 9:25 hs)


DIÁRIO DE VIAGEM


Hoje tinhamos muito chão pela frente – de Uruguaiana até General Villegas, quase 1.000 km com um tempo estimado de viagem perto das 11 hs, sendo todo o percurso agora, por dentro da Argentina. Resolvemos abastecer ainda no Brasil pois o preço da gasolina estava mais caro na Argentina (segundo um guarda nos informou, à medida que andamos para o sul os preços caem pela metade…. vamos ver se é assim mesmo).

A estrada era duplicada até Cuatro Bocas e a partir daí, simples. Havia vários trechos em duplicação – essa é a RN-14 que leva a Buenos Aires. O asfalto estava bom, alguns trechos remendados, mas no geral bem aceitável. As estradas de pista simples não têm acostamento. Os pontos de apoio são raros, e em geral próximo ou dentro das cidades. Os postos de gasolina não possuem restaurantes, têm apenas lojas de conveniência que vendem alguns lanches. Para refeição temos que procurar um “Comedor” ou restaurante, que geralmente estão nas proximidades ou nas próprias cidades da estrada, que sempre levam mais tempo para servir do que um “fast food”, atrasando a viagem.
O visual em torno era de pampas, muito plano, muito verde e com muito gado – de todos os modelos – brancos, pretos, malhados, marrom com cara branca..... As vezes também tinha carneiros e cavalos. Também é uma região agrícola com muitas plantações de arroz, trigo, soja e milho. Vê-se muitas empresas de beneficiamento de grãos com enormes silos.
Cruzamos o Rio da Prata em Rosário. Essa parte é bem interessante – a partir de Vitoria se anda 62 km em uma estrada elevada em meio a um charco (no mapa já parece como o Rio da Prata), com bastante vegetação mesclada com água, várias pontes, e com o gado pastando nas partes verdes próximas à água, dando a impressão de que se o rio encher todo o gado ficará submerso. Ou seja, vaca pastando dentro do rio !!! Ao final cruza-se a ponte estaiada e se chega a Rosário. Aqui a vegetação já muda um pouco, lembrando um pouco países de clima frio, aparecem muitas coníferas e árvores mais altas.

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Tomamos a Ruta Nacional 33 para o sudoeste – a estrada é muito boa, com uma reta interminável, que passa por várias pequenas cidades. Na entrada e na saída de cada cidade a estrada faz um “S” acentuado, provavelmente para que todos tenham que reduzir a velocidade antes de  cruzar as cidades. Todas elas parecem idênticas – sempre há um parque verde, uma praça bem arborizada e florida e as casas em torno da estrada. Não vemos muitos Bancos por aqui. Paramos para sacar dinheiro no caixa eletrônico do Banco Santander – havíamos lido  em um blog que era possível realizar saques com cartões VISA e MASTERCARD, particularmente do Itaú que é o nosso Banco, nos caixas eletrônicos do Santander-Banelco. Bom, já tentamos duas vezes com os cartões do Itaucard, mas até agora não conseguimos nada. No entanto, com o cartão de débito VISA do Banco do Brasil conseguimos fazer o saque. Mas, só foi possível sacar um máximo de 1.000 pesos. A cada saque, o banco argentino cobra uma taxa de 19 pesos e o BB cobra outros R$ 19,00. Vamos tentar sacar na boca do caixa e ver se dá para tirar mais dinheiro.
Chegamos ao final da tarde, ainda com sol, pois aqui não tem horário de verão e eles estão com 1 hora a menos do que nós. Nesta latitude o sol está se pondo em torno das 20:00 hs.
O nosso Hotel Oceano em Gen Villegas é daquele tipo dos EUA de beira de estrada, no qual você para o carro em frente ao quarto, o que é ótimo para descarregar e carregar, bem como pegar as coisas que esquecemos na saída do carro (as usual). Mas não dispõe de apoio para o viajante como gelo, café mais cedo etc...

Fomos jantar na cidade para conhecer um pouquinho dela. Bem perto do hotel tínhamos um restaurante de parrillada, mas não estamos mais em idade de comer um churra de noite. Então preferimos encarar um massinha no restaurante La Esquina, que por sinal foi bom, barato e honesto. O único problema é que não aceitava cartões de crédito e tivemos que pagar em espécie. Isso tem se mostrado  um problema aqui na Argentina, pois em muitos lugares não conseguimos usar os cartões de crédito. Eles estão querendo dinheiro vivo mesmo...
Amanhã faremos a última etapa antes de chegarmos aos Andes, em San Martin de Los Andes. Creio que sairemos da região com vegetação de pampa para ingressarmos em áreas com o deserto andino. No blog de amanhã eu confirmo como foi.

2 comentários:

  1. A impressao que tenho e que as estradas argentinas tem o movimento do Brasil dos anos 70. Continua assim? E tambem os poucos buracos.

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  2. Caros amigos parabéns pela viagem e pelo modo que vocês estão mantendo atualizado este diário de bordo, com palavras e imagens.
    Boa viagem com muita diversão e segurança.
    Otto Brito

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