DIÁRIO
DE VIAGEM
Amanhecemos com uma temperatura de 5 graus, durante o dia
variou até 14 atingindo 20 ao meio dia e ao final, em Esquel, 7 graus e
ventando muito.
Ao planejar viagens pela Argentina temos que observar os
costumes locais - entre 13 e 17 horas não se acha nada aberto nas cidades –
portanto, as refeições têm que ser feitas antes disso. E a noite, o jantar só é
servido a partir das 20 ou mesmo 20:30. Os Postos de gasolina têm lojas de
conveniência onde é possível comer alguma coisa, tipo lanche. A outra opção, é
comprar algum sanduíche no supermercado ou lanchonetes e levá-los para comer na
estrada. Faremos isso amanhã, pois não acreditamos que vamos encontrar muita
coisa aberta por ai.
Outra dificuldade nestes lugares “frios” é conseguir gelo
nos hotéis – geralmente precisávamos de gelo para a nossa garrafa térmica e
para uma bolsa para compressa (meus problemas articulares....). Nunca tinha
suficiente. Precisa comprar sacos de gelo – ainda bem que vendem de tamanhos
menores que no Brasil (cerca de 2 kg). Agora, se você quiser água quente para
matear, encontra em qualquer lugar máquinas que vendem água quente para encher
sua térmica – eles andam por ai tomando mate o dia todo, mais ainda que os gaúchos.
Na saída de San Martin, a estrada era asfaltada por um longo
trecho e depois de rípio – uma mistura de terra cinzenta com pedras de vários
tamanhos, batida – na continuação para Vila Traful, à estrada também é de
rípio, mas muito bem feita, sem buracos, poucas ondulações, permitindo até uma
velocidade maior nos trechos retos.
O percurso de hoje, entre San Martin
e Esquel, foi feito por dentro dos Parques Lanin e Nahuel Huapi, passando pelo
circuito dos 7 Lagos. Saímos pela Ruta 234 margeando o lago Lácar e seguimos
por uma estrada sinuosa pela montanha. Depois passamos pelos lagos Machonico,
Hermoso, Villarino e Faulkner. Todos muito belos, com água azul, cercados de
montanha. Atingimos então a ponta do lago Traful e logo em seguida dobramos na
Ruta 65 para retornar à RN-40. O circuito dos 7 lagos vai para Villa La
Angostura e de lá para Bariloche. Logo na saída da cidade, as flores amarelas
que cobrem tudo ao redor foram substituídas por flores similares, porém de cor
laranja.
O lago Traful é enorme e a estrada
segue por meio de um bosque de árvores muito altas, margeando o lago, subindo a
montanha até um determinado ponto e depois descendo. Quase no final passamos
pela Vila Traful, um pequeno vilarejo, mas com vários hotéis, campings etc. Aparentemente
a atividade no local é a pesca. Logo ao sair da cidade tem um Mirante Traful,
bem elevado, de onde se tem uma vista majestosa do lago em sua extensão. A água
do lago é azul e transparente, com um matizado de cores nas suas partes mais
rasas. As flores amarelas voltam a enfeitar a estrada, numa mistura de cores
com o verde das árvores. A partir daí a estrada segue margeando o rio Limay, de
uma cor esverdeada e cristalina.
Logo adiante voltamos a Ruta 237, ou
RN-40 e seguimos até Bariloche. Ao longe sempre vemos a cadeia de montanhas com
picos nevados, outras montanhas mais perto com o topo de pedra escarpada pelo
vento e a base recoberta por arbustos arredondados em vários tons de verde.
A chegada a San Carlos de Bariloche é “triunfal” – logo após
uma curva em descida se vê o Lago Nahuel Huapi com a cidade na margem oposta. O
visual é tão lindo que é de perder o fôlego. A água muito azul, toda encrespada
pelo vento, cercado de montanhas e florestas. (Aliás, venta muito por aqui).
Entramos em Bariloche, passamos pelo
centro, almoçamos no McDonald’s, compramos chocolates e seguimos adiante.
Abastecemos o carro em Bariloche e pudemos observar que o
preço da gasolina que vinha caindo voltou a aumentar – um posto da Petrobrás –
passou para 6,989 pesos. Mais adiante, em El Bolsón vimos que preço caiu
bastante, para em torno de 4,590.
A partir de Bariloche viemos margeando o Parque –
acabaram-se as florestas e árvores altas e voltamos à paisagem deserta, plana,
com a estrada serpenteando no meio. Passamos
um longo período sem cruzar com outro carro. Havia trechos com muitas curvas
fechadas o que nos impedia de andar mais rápido.
Ao redor, os mesmos “tufos” verdes cobrindo o chão, muitas
flores amarelas e, mais adiante, flores roxas e cor de rosa mescladas. Não
vimos muitos animais, exceto vacas e cavalos, embora os sinais dissessem que
poderíamos ver guanacos.
Chegamos a Esquel por volta das 16 horas. O tempo estimado
de viagem era de 5 horas, mas como viemos devagar, sorvendo a paisagem, parando
muitas vezes para bater fotos, demoramos um pouco mais, além da estrada não
permitir correr muito.
Nosso hotel em Esquel é de cabanas (aliás, por aqui só tem
esse tipo). São cabanas completas, com cozinha, sala, lareira, e 2 quartos –
cabe até 6 pessoas (um casal com 4 filhos). Aqui ao lado tem a estação de esqui
de La Hoya. Na rua principal tem algumas Parrillas. Daqui a pouco vamos tentar
achar um lugar para comer.
Caros amigos Jussara e Burnier,
ResponderExcluirParabéns pela viagem. Tenho acompanhado vocês desde a saída. Só não consegui deixar nenhum comentário. Boa sorte e sucesso nessa maravilhosa aventura. Vocês merecem. Beijos,
M Carlos
Oi, dupla, estou até emocionado. Acrescentei o número na frente da palavra, sem intervalo nenhum, e funcionou. Parabéns, Burnier, essa era a fórmula! Bjs. M Carlos
ResponderExcluirQue legal amigo que agora vc está conseguindo postar. Vamos continuar blogando.... Abraços
ExcluirOk! Descobri mais uma. O número irá na frente, se estiver na frente. Depois, se estiver depois. Faz sentido, mas só percebi agora. Bjs. M Carlos
ResponderExcluiras fotos de hoje estão maravilhosas! Esta paisagem com a Cordilheira ao fundo é de prender o fôlego.
ResponderExcluirUm beijão pra vcs. bjs ana
Puerto Varas, Port Mont, Frutillar eu pensei que eram no Chile. Tô errada?
ResponderExcluirNão entendi porque vc está me perguntando isso? De fato estas cidades são no Chile, no Sul do Chile.
ExcluirCertamente, e se olhar no mapa é lá que elas estão. Mas nao entendi porque a pergunta, nem falamos nessas cidades...
ExcluirAliás, anonima, vc nao se identificou....
Olá Chefe e Jussara, eu e a Dani estamos acompanhando e nos deliciando com a forma detalhada da narrativa. Estamos vivneciando tbém...
ResponderExcluirSenta a Púa!!
Dani e Caputo
Tem aquela expressão em inglês: breathtaking
ResponderExcluirRealmente essas paisagens aí nessa região são de tirar o fôlego.
Aquelas retas intermináveis que somem no horizonte me cativam muito também.
Lembram a vida. A estrada da vida...
Aproveitem bem a vida, digo, viagem...
abraço, Adriano
"almoçamos no McDonald’s, compramos chocolates e seguimos adiante" Cuidado amigo senão não irá caber na cabine do carro!
ResponderExcluirGosto de Bariloche! Fiz lua de mel lá e depois voltei com vcs. Lembro-me da Patorela com "B", nessa segunda viagem! Fez parte da nossa história!
Tomamos uns bons vinhos no La Marmite! Será que o Mac e a Angela gostam de vinho? Vamos tomar uns que só dá para comprar por aí, caros!!!! KKKKKK! Boa viagem amigos!!! Dailson
"Brasiloche" como já foi conhecida. Lembro-me que o dono da Chocolates Gramado, atual Prawer, lá pelos anos 70 se inspirou nos chocolates artesanais daí e isso acabou fazendo com que Gramado seja hoje conhecida por essas delícias produzidas por várias fábricas.
ExcluirApelidaram o filho de "Bola". Sei não, ... se continuar assim ...
Como disse o Adriano: aproveitem a vida.
Mac
Ju,
ResponderExcluirAlmoçar no McDonald's em Bariloche é meio que um desperdício não? Tem tanto restaurante bom ...a viagem tá linda
Adriana e Candez
Amiga, quando a gente está só passando por um lugar, no meio de uma viagem, nao dá para ir em restaurante charmosinho se nao a gente nem chega no destino. McDonald`s é o melhor lugar nessas situações - é rápido, vc sabe exatamente o que lhe espera, tem em tudo que é lugar, geralmente central.
ExcluirBjs
Burnier e Jussara, Mackrodt e Angela,
ResponderExcluirDe volta e no sossego do lar gostaríamos de agradecer os momentos agradáveis de nossa convivência na Patagônia argentina e chilena. Juntos admiramos paisagens maravilhosas! Mergulhamos na imensidão da estepe patagônica, uma natureza exuberante, pouco conhecida, todavia inesquecível aos nossos olhos atentos e curiosos. Passamos por muitas estradas de rípio. Frio, vento forte, árvores caídas, glaciares azuis, montanhas ponteagudas da cor do berilo, em Torres del Paine, como disse Charles Darwin.
Pinguins, lobos marinhos, fragatas, pelicanos, raposas, guanacos aos montes e lebres saltitantes pelo caminho. Tudo muito diferente!
Juntos, celebramos a nossa amizade, tomamos bons vinhos, até fumamos um charuto amigo. Nessa o Mac pediu deslogue! “Fizemos provecho” de uma boa centolla, cordeiro patagônico, chorizo argentino, empanadas, poucas e boas cervejas. A conversa nos uniu e juntos lembramo-nos dos bons tempos e de nossas experiências. Demos boas risadas!
E com isso, o Mac fez bons ensaios para a autobiografia que vai escrever...Não se esqueça de nós. Quero estar no seu livro!
Por isso tudo agradecemos o convite e esperamos poder participar de outras viagens como essa!
Abraços e boa viagem!!!
Dailson e Viviane